Naquela montanha,
o sol e a chuva iam e vinham todos os dias.
De manhã, brilhava o sol
e as lagartixas corriam animadamente.
À tarde, chovia e os caracóis saíam para passear.
À noite, brilhava a lua e os grilos cantavam.
Uma tarde começou a chover e, enquanto corria para casa,
a Lagartixa cruzou-se com o Caracol,
que nesse preciso momento punha a cabeça de fora.
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Naquela montanha,
o sol e a chuva iam e vinham todos os dias.
De manhã, brilhava o sol
e as lagartixas corriam animadamente.
À tarde, chovia e os caracóis saíam para passear.
À noite, brilhava a lua e os grilos cantavam.
Uma tarde começou a chover e, enquanto corria para casa,
a Lagartixa cruzou-se com o Caracol,
que nesse preciso momento punha a cabeça de fora.
Este encontro casual provoca um autêntico amor à primeira vista à Lagartixa, que decide ir procurar o Caracol todos os dias. Porém, tal como em tantas outras histórias clássicas de amor, a relação entre o Caracol e a Lagartixa parece impossível. Se, noutras situações, os obstáculos aparecem por os protagonistas pertencerem a classes diferentes, neste caso, trata-se de espécies díspares: o Caracol não pode andar ao sol, porque fica seco, e aguarda que comece a chover escondido dentro da sua concha. Pelo contrário, a Lagartixa adoece se se molhar. Devido a estas circunstâncias, as dificuldades para se poderem encontrar apresentam-se irremediáveis, ao serem contraproducentes para ambos. Contudo, o amor vence todas as barreiras.
Estamos perante uma história de constância por parte dos dois protagonistas e também de luta contra a adversidade, apesar de esta ser, principalmente, meteorológica. Assim, o Caracol e a Lagartixa terão a merecida recompensa, como costuma acontecer quando há tenacidade e somos guiados pelos bons sentimentos.