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O galo traganozes

Roberto Mezquita & Bernardo Carvalho

ISBN 978-84-9871-341-1

13,50

Esgotado

INFORMACIÓN
  • Páginas 36 págs.
  • Encuadernación cartonada
  • Medidas 25x23 cm
  • Publicación setembro 2012

Um belo dia, o galo e a galinha saíram da quinta dispostos a conhecer mundo. Esgaravata aqui e debica ali até que depararam com uma nogueira grande e frondosa. Como o galo adorava nozes, comeu tantas e tão depressa que lhe ficaram algumas atravessadas na garganta.

 

Deste modo começa o périplo desesperado da galinha para salvar o seu querido amigo comilão. Nesta tarefa ver-se-ão implicados uma caseira, um sapateiro, uma ovelha, um ferreiro e até um carvalho!


Descrição

Um belo dia, o galo e a galinha saíram da quinta dispostos a conhecer mundo. Esgaravata aqui e debica ali até que depararam com uma nogueira grande e frondosa. Como o galo adorava nozes, comeu tantas e tão depressa que lhe ficaram algumas atravessadas na garganta.

 

Deste modo começa o périplo desesperado da galinha para salvar o seu querido amigo comilão. Nesta tarefa ver-se-ão implicados uma caseira, um sapateiro, uma ovelha, um ferreiro e até um carvalho!

Nenhum deles hesitou em prestar-lhe ajuda. Rapidamente colaboram num trabalho em equipa em que, apesar das dificuldades encadeadas, acaba por triunfar a boa vontade e a solidariedade.

Roberto Mezquita cria uma nova versão deste conto acumulativo estendido por toda a Europa, conhecido como O pintinho da avelãzeira. Esta revisita mantém intacto o texto encadeado na exposição da trama e o desenlace. De igual forma conserva a estrutura repetitiva, própria dos contos da tradição oral que permite poder ser recordado e contado sem dificuldade:

— O galo está a sufocar, está a sufocar o galo. Comeu tantas nozes que ficou engasgado. Água da fonte temos que trazer. Depressa, depressa, ou ele vai morrer!

O autor inspirou-se na versão sueca. No momento de deitar mãos a este trabalho, o facto de ser conta-contos ajudou-o a “adaptá-lo” ao formato de álbum ilustrado sem que isso impeça que a história final possa “ser contada de viva voz e escutada de viva orelha da melhor forma possível”, como sempre se fez com este tipo de contos da tradição oral.

 

Em todo o caso, durante este processo de adaptação foram-se introduzindo novos pormenores que, tal como em todas as versões, enriquecem a história tradicional. Deste modo, os conhecedores da história têm surpresas asseguradas tanto no texto como nas ilustrações de Bernardo Carvalho, repletas de humor.

Após várias colaborações com a OQO (Mariluz Avestruz, Rita, Macário Dromedário e Zalgum), desta vez surpreende-nos com uma técnica em que as personagens e os elementos aparecem desenhados como manchas de cor transparentes que se misturam entre si, exceto o galo que, como protagonista, e apesar de também ele ser transparente, goza de um tratamento totalmente contrário ao resto das personagens, já que é o único que é contornado, menos a crista e as barbelas, pintadas de um vermelho intenso.

Deste modo, consegue-se que as imagens ganhem força e expressividade. Não obstante, neste tipo de trabalho a dificuldade reside em “manter a harmonia” entre as diferentes linhas das imagens, já que, se não for assim, corremos o risco de as ilustrações acabarem por ser “caóticas e desordenadas”, esclarece Carvalho.

Pelo contrário, a proposta de ilustração é original e coerente. Traz ar fresco, necessário para voltar a dar vida — como consegue a galinha com o galo — a contos tão conhecidos. Por este motivo, não nos cansamos de nos reencontrar com eles, como sempre acontece com uma boa história.

 

Texto de Roberto Mezquita

Ilustrações de Bernardo Carvalho

Tradução Dora Batalim Sottomayor