Jack e a Morte (PORT)

Tim Bowley & Natalie Pudalov

ISBN: 978-84-9871-368-8, 978-84-9871-367-1, 978-84-9871-417-3, 978-84-9871-438-8

Jack encontra-se com a Morte e,
ao intuir que ela lhe vai levar a sua mãe,
que está doente, engendra um plano para se livrar dela.
Com incrível astúcia, Jack é capaz de encurralar
a sinistra personagem num frasco;

 

 

15,0016,00

ISBN: N/A Category
INFORMAÇÕES

Coleção:

Páginas: 32 págs.

Encadernação: cartoné

Medidas: 22x28 cm

Publicação: enero 2012

Jack encontra-se com a Morte e, ao intuir que ela lhe vai levar a sua mãe, que está doente, engendra um plano para se livrar dela. Com incrível astúcia, Jack é capaz de encurralar a sinistra personagem num frasco; mas as consequências do ato são imprevisíveis – já nada pode morrer – e o que parecia, inicialmente, um motivo de alegria – a mãe recupera de súbito da sua grave doença – acaba por se transformar num caos.

 

Jack e a Morte é uma versão do conto tradicional britânico A morte presa numa casca de noz, criada pelo prestigiado narrador Tim Bowley, que já percorreu a Europa e a América enfeitiçando o público com as suas histórias.
Jack, conhecido como o Matador de Gigantes, é um trickster. Os trickster, também chamados de trapaceiros ou espertalhões, são personagens relacionadas com a mitologia e a tradição oral de muitas culturas, e caracterizam-se por serem manhosos e transgressores. Trata-se de personagens de aparência simples que, de algum modo, ao desobedecerem às regras estabelecidas, desencadeiam alguma desordem. As estranhas situações a que nos levam as suas histórias ajudam-nos a compreender melhor a natureza e o comportamento do ser humano.
O esforço de Jack por se desfazer da Morte ocupa parte importante da trama mas, em contraste com outros contos em que a morte se apresenta como um castigo ou um final fatal para personagens negativas, aqui aparecerá como algo inerente à existência, o que lhe confere um caráter sereno e tranquilo. Tim Bowley dá destaque à ideia de apresentar a morte não como inimiga da vida, mas antes como a outra cara da mesma moeda: uma não existiria sem a outra.
Natalie Pudalov cria bonitas metáforas visuais e imagens com cores que contrastam o temporal e o imortal para alcançar um efeito dramático e dar caráter poético à continuidade entre a vida e a morte.
Através das páginas do álbum, uma longa corda vermelha estica-se, emaranha-se… como a natureza cambiante da vida: às vezes simples e outras entrelaçada e complicada. A Morte segura num extremo da corda e puxa-a lentamente. Flores que crescem, murcham e morrem, num ciclo de vida que parece familiar: sementes que se dispersam no ar e voam vigorosamente deixando um rasto da vida que esmorece…
A personagem da Morte aparece como uma entidade com grande poder, que obtém tudo o que deseja sem necessidade de pedir licença; as suas enormes mãos, separadas do corpo, simbolizam esse ato de roubar. Possui ainda uma coleção de máscaras que coloca nos rostos das pessoas quando elas morrem.
A mãe de Jack falece em paz, por isso, quando chega a sua hora, a máscara escolhida para ela mostra um sorriso. Para atenuar a saudade de Jack, que o leitor pode sentir ao compreender o inevitável, Natalie Pudalov adicionou uma personagem que o acompanhará ao longo da história: um cão fiel. Apesar de não mencionado no texto, o cão acompanha o protagonista através do álbum, para lhe dar uma luz de esperança e alento no momento mais dramático: Jack não fica sozinho.
Um álbum que, através das suas páginas, imita a natureza da vida e esconde subtilezas e pormenores que, para serem descobertos, requerem um exame cuidadoso.

 

Texto de Tim Bowley
Ilustrações de Natalie Pudalov

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