Árvores no caminho

Régine Raymond-García & Vanina Starkoff

ISBN: N/A Category

Karim semicerrou os olhos para ver ao longe: via arbustos, borregos e cabras; mas não conseguia ver a mãe. Karim ficou com um nó na garganta e duas grandes lágrimas deslizaram pelas suas faces abaixo. Olhou para um lado e para o outro: não sabia voltar…

INFORMAÇÕES

Coleção:

Páginas: 36 págs.

Encadernação: cartoné

Medidas: 25X23 cm

Publicação: março 2024

Karim semicerrou os olhos para ver ao longe: via arbustos, borregos e cabras; mas não conseguia ver a mãe. Karim ficou com um nó na garganta e duas grandes lágrimas deslizaram pelas suas faces abaixo. Olhou para um lado e para o outro: não sabia voltar…

 

Árvores no caminho transfere uma vez mais para a literatura infantil a facilidade com que os mais pequenos se podem perder mal largam a mão dos pais. Porém, se noutras histórias a criança se encontra num território hostil ou tenebroso, nesta, a mãe-natureza, poderosa e bela, protege e cuida de Karim como mais um dos seus filhos.

 

Régine Raymond-García decidiu escrever este livro ao regressar de uma viagem ao Burquina Faso. “Os seus habitantes fascinaram-me pela sua alegria de viver apesar das dificuldades, e por tirarem partido da natureza de um modo inteligente”.

 

— A árvore vermelha deu-me força, a palmeira deu-me de beber, a mangueira deu-me de comer, o embondeiro, pão-de-macaco… Karim tranquiliza a mãe, quando esta, por fim, o encontra sob o embondeiro.

Sem dúvida, esta viagem ajudou a autora a constatar a alta consideração que a árvore vermelha e o embondeiro têm entre os seus habitantes, e a decidir o facto de recair em ambos o protagonismo.

 

A árvore vermelha é o Mogno Africano (Khaya senegalensis), sob a qual se reúnem os sábios para tomar decisões. É conhecida como a árvore da palavra. É seguramente por isso que é a primeira a falar com Karim e a ajudá-lo.

 

O embondeiro é uma espécie tropical de africana, utilizada como lugar de reunião. Para além disso, é símbolo de resistência, tolerância, vida comunitária, longevidade – podem chegar a viver 3000 anos – e o seu fruto tem propriedades medicinais. O seu aspeto impressionante – há espécies que chegam aos 30 metros – confere-lhe um caráter protetor, o que justifica que no conto tanto a árvore vermelha, como a palmeira e a mangueira o escolham como idóneo para, junto da qual, Karim aguardar pela mãe.

Contudo, esta história não se centra apenas no amparo e na ajuda que a mãe-natureza oferece ao homem, como também adverte acerca da necessária reciprocidade por parte dos seres humanos. Estes devem exercer a mesma proteção e o mesmo respeito sobre o resto do ecossistema para garantir a sua sustentabilidade, tal como embondeiro alerta o pequeno Karim:

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