A caixa das recordações

Anna Castagnoli & Isabelle Arsenault

ISBN: 978-84-9871-332-9

Era uma caixa com uma estrela partida: não valia lá grande coisa. O valor de um objeto reside na carga afetiva que lhe atribuímos. Deste modo, ao longo do tempo os laços emocionais que nos atam a eles costumam variar, e o que julgávamos que não valia lá grande coisa acaba por se tornar precioso, tal como acontece à menina protagonista desta história de Anna Castagnoli e Isabelle Arsenault.

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INFORMAÇÕES

Páginas: 40 págs.

Encadernação: cartonado

Medidas: 25x23 cm

Publicação: fevereiro 2012

Era uma caixa com uma estrela partida: não valia lá grande coisa. O valor de um objeto reside na carga afetiva que lhe atribuímos. Deste modo, ao longo do tempo os laços emocionais que nos atam a eles costumam variar, e o que julgávamos que não valia lá grande coisa acaba por se tornar precioso, tal como acontece à menina protagonista desta história de Anna Castagnoli e Isabelle Arsenault. A caixa das recordações faz-nos partícipes desta pequena, mas importante aprendizagem vital que dura toda a vida. A narração direta e simples na primeira pessoa com que Anna Castagnoli dá voz à protagonista, transporta-nos até à infância e à constante renovação de sonhos que se produzem nesta etapa. A prosa poética da autora italiana contagia o otimismo, a sensibilidade e a generosidade da protagonista perante outra aprendizagem: nada nem ninguém nos pertence e é preciso saber deixar partir. A menina compreende rapidamente que o berlinde, o marcador de ponta fina, as três pedras a que tinha dado nome, a folha seca bordada, um passarinho de lã e uma pulseira de pérolas falsas, mas iguais às verdadeiras, que guardava na caixinha podem recuperar esse significado afetivo noutras pessoas, tal como lhe aconteceu a ela com esta caixa herdada da mãe. Os objetos podem-nos surpreender criando em nós um novo sentimento, como acontece com as pessoas, do mesmo modo que uma pérola surge numa ostra. Esta evolução-aprendizagem é evidente nas imagens da ilustradora canadiana Isabelle Arsenault. A apresentação realista das primeiras páginas torna-se cada vez mais surrealista e abstrata à medida que a menina se desprende dos objetos e mostra a sua generosidade e capacidade para empreender uma nova etapa. “Imaginei a menina como uma criança mimada, rodeada de muitos brinquedos, que realmente não a fazem feliz. Ela decide deixar ir todos os objetos contidos na caixa e isto permite-lhe ter mais espaço para a imaginação”, argumenta Arsenault. Assim, com a mudança de estilo das imagens, a ilustradora procura transmitir a transformação “de menos material para mais espiritualidade” que se produz na criança, agora “mais livre” e com “maior capacidade sugestiva”. Arsenault, na sua primeira colaboração com a OQO, faz uso da aguarela e da colagem para dar vida a uma história que confirma que os afetos, tal como a energia, nunca morrem, transformam-se.

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