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Rapunzel

Iraxte López de Munáin

ISBN 978-84-9871-431-9

14,00

Esgotado

INFORMACIÓN
  • Páginas 40 págs.
  • Encuadernación cartonado
  • Medidas 25x23 cm
  • Publicación abril 2013

Um homem e uma mulher viviam desgostosos por não terem filhos. Por fim, uma primavera, o casal viu realizado o seu desejo: estavam à espera de um bebé!

Um dia, sentindo-se muito fraca, a mulher pediu ao marido que lhe fosse apanhar uns rapúncios, o melhor remédio para as maleitas das grávidas, ao jardim vizinho onde vivia uma poderosa bruxa, temida em todo o vale.


Descrição

Um homem e uma mulher viviam desgostosos por não terem filhos. Por fim, uma primavera, o casal viu realizado o seu desejo: estavam à espera de um bebé!

Um dia, sentindo-se muito fraca, a mulher pediu ao marido que lhe fosse apanhar uns rapúncios, o melhor remédio para as maleitas das grávidas, ao jardim vizinho onde vivia uma poderosa bruxa, temida em todo o vale.

— Como te atreves a vir roubar os meus rapúncios? Isto vai-te sair caro! Terão que me entregar o vosso bebé assim que ele nascer.

 

E assim foi. Com enorme pesar, os pais tiveram que lhe entregar a menina a quem chamaram Rapunzel. Ao completar doze anos, a bruxa encerrou-a numa torre, com medo de que ela a abandonasse. E ali viveu, vendo passar os dias, até que um príncipe reparou nela quando ela lançava as suas longas tranças pela janela fora e se apaixonou perdidamente…

 

Desde a primeira publicação na Alemanha em 1812, no volume Kinder-und Hausmärchen, a história dos irmãos Grimm viu a luz em centenas de línguas e nas mais variadas edições, desde a primeira versão ilustrada por Philip Grot até ao recentemente galardoado com a medalha Caldecott Paul O. Zelinsky. Também serviu de inspiração a composições musicais como Märchenbilder, de Schumann, ou a diversas adaptações cinematográficas como o musical The Pebble and the Penguin de Don Bluth, Barbie Rapunzel de Owen Hurley ou a última produção da Disney, Entrelaçados.

 

Apesar de a versão que atualmente conhecemos provir da Alemanha, existe uma variante anterior recolhida em Itália em 1634 por Gianbattista Basile, de título Petrosinela. Jacob e Wilhelm Grimm idealizaram o nome de Rapunzel para a protagonista a partir da denominação germana da planta que desencadeia o conflito na obra. Em português, esta hortaliça de folhas azuis recebe o nome de rapôncio ou rapúncio.

 

 

Iratxe López de Munáin opta por uma proposta plástica que nos apresenta umas personagens muito distantes dos estereótipos dos contos de fadas. “A primeira vez que li o clássico dos Grimm gostei do facto de, por detrás de todas aquelas torres, bruxas, príncipes e tranças intermináveis haver uma história frequente e atemporal: a de uma mãe que tem medo que a sua filha cresça e, portanto, que possa sofrer. E a de uma rapariga com vontade de decidir por si própria, de abandonar a segurança que a sua mãe lhe oferece e de encontrar a sua própria voz”.

 

Neste álbum, a proprietária do jardim de rapúncios não se apresenta na ilustração como uma verdadeira bruxa, mas como uma poderosa feiticeira e uma “mãe” superprotetora. O leitor é testemunha e acompanhante do processo de mudança e de crescimento de Rapunzel, de como vence os seus medos para poder seguir o seu caminho.

 

As ilustrações são limpas e claras, realizadas com lápis e guache “uma técnica com que me sinto muito à vontade e que me ajudou a trabalhar com imagens de ambientes simples, vazios e atmosféricos onde as personagens e as situações reclamam toda a atenção”. A ação decorre também em cenários atemporais com que a autora pretendeu evocar no leitor a sensação de universalidade, de que a história poderia decorrer em qualquer lugar e momento histórico. As folhas de guarda apresentam-nos a flor azul do rapúncio, pouco presente nas versões precedentes, como um símbolo final do amor da protagonista e do príncipe.

 

Texto e Ilustrações de Iratxe López de Munáin