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Magia!

Charo Pita & Madalena Matoso

ISBN 978-84-9871-342-8

13,50

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INFORMACIÓN
  • Páginas 36 págs.
  • Encuadernación cartonada
  • Medidas 25x23 cm
  • Publicación setembro 2012

De repente, o bebé desatou a chorar. Óscar embalou-o, pegou-lhe ao colo… mas ele não parava de chorar. Cantou-lhe uma canção de embalar, passeou-o pela casa… Não serviu de nada! Então Óscar pensou: Este bebé tem fome… Procurou na cozinha, mas o frigorífico estava vazio.

 


Descrição

De repente, o bebé desatou a chorar. Óscar embalou-o, pegou-lhe ao colo… mas ele não parava de chorar. Cantou-lhe uma canção de embalar, passeou-o pela casa… Não serviu de nada! Então Óscar pensou: Este bebé tem fome… Procurou na cozinha, mas o frigorífico estava vazio.

 

Esta história de Charo Pita e Madalena Matoso versa sobre a revalorização da amamentação materna que aparece contextualizada como parte intrínseca da vida das crianças, das suas famílias e da sociedade.

O olhar inocente do pequeno protagonista recorda-nos a magia que existe em muitas manifestações da vida ? como a possibilidade de amamentar ? e das quais os adultos não são plenamente conscientes por serem tão habituais.

E, olhando para as compras com curiosidade, pensou: Que trará ela para dar de comer ao bebé? A tia Elisa pousou os sacos, sentou-se no sofá e abraçou o bebé, que não parava de chorar. Depois desabotoou a blusa. Então, o bebé calou-se e começou a comer. — MAGIA! – disse o avô.

As crianças vivem num eterno presente. É difícil para elas situar-se num futuro que vá mais para além do amanhã e o passado limita-se ao ontem. Por isso, é fácil compreender que, para dar de comer ao bebé, Óscar recorra aos produtos que fazem parte da sua alimentação atual (bolos, cenouras, ovos, sardinhas, presunto).

Deste modo, o seu périplo torna-se divertido e, ao mesmo tempo, comovente porque Charo Pita nos apresenta um menino que se esforça por ajudar um ser que nem sequer compreende e, apesar disso, não desiste.

O Óscar a que Madalena Matoso dá vida transmite na perfeição a ternura que desperta a sua responsabilidade e a solidariedade espontânea e encantadora. “Simpatizei muito com ele. Fica com o bebé e não descansa enquanto o bebé não está feliz de novo. É uma personagem de quem é fácil gostar!”, admite.

A ilustradora portuguesa já tinha dado vida a uma criança no seu último trabalho para a OQO editora Os mil brancos dos esquimós, terceiro Prémio para o Livro Melhor Editado 2009 pelo Ministério da Cultura de Espanha e também merecedor de duas menções nos Prémios Visual VIII Edição, nas categorias de livro infantil e ilustração.

Tal como noutros trabalhos realizados para a OQO (Quem roubou a Lua?) Madalena Matoso optou pela colagem, uma técnica que repete porque: “É como um jogo. Fascina-me o modo como funcionam entre si as texturas e a ligação entre as cores. Acaba por se formar um todo composto por microelementos”, argumenta.

Neste álbum utilizou selos, etiquetas, códigos de barras, letras adesivas e até um saco grande de pão, “com uma bonita impressão azul”, destaca a ilustradora. Para além disso, alguns dos papéis recortados para as colagens tinham sido impressos em serigrafia.

As imagens são simples e coloridas, se bem que se destaca a presença de tons de vermelho, de verde e de cinzento.

Neste terceiro projeto para a OQO, Matoso procurou que as suas composições fossem coerentes com a história. Esta decorre essencialmente em dois cenários: dentro de casa (princípio e final do livro) e nos diferentes lugares onde Óscar vai ao longo da história, tentando conseguir alimento para o bebé. Ao procurá-lo em cada um dos exteriores, apoiou-se em pormenores que situam claramente o leitor numa padaria, numa peixaria, numa horta e num talho.

Nas cenas da casa, as ilustrações não se tornam repetitivas, apesar de jogar com a dificuldade de serem as mesmas personagens nos mesmos locais. Para resolver isso decidiu que, nas imagens finais, se devia “explorar mais as emoções”, o que não é em vão, é quando se produz a magia! que pareceu a Óscar, claro, maravilhosa.

 

Texto de Charo Pita

Ilustraçãos de Madela Matoso

Tradução Dora Batalim Sottomaior